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Florianópolis celebra a preservação do bugio-ruivo

A gestão do prefeito da capital catarinense, Topázio Neto (PSD), comemora a volta do animal à região

06 de jun de 2024

Monumento de autoria do artista Juan Mandala será um marco do retorno dos bugios-ruivos à região.

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A gestão do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), entregou na quinta-feira (6) a escultura que comemora o retorno do bugio-ruivo às matas da região, 250 anos depois do desaparecimento dos últimos exemplares da espécie. Os animais começaram a ser reintroduzidos este ano, em trabalho coordenado pelo Programa Silvestres SC, que tem o apoio da Prefeitura de Florianópolis, com auxílio integral nas etapas necessárias à ambientação e soltura dos bugios nas Unidades de Conservação Municipais.

“Trazer esses animais de volta é possibilitar outra vez a ocorrência de relações ecológicas essenciais que, na ausência dessas espécies, se tornam deficitárias. O bugio-ruivo é responsável, entre outras coisas, pela dispersão de sementes na mata através da alimentação, com impactos diretos na variedade de espécies de plantas que cobrem o solo e se desenvolvem nas áreas de Mata Atlântica”, enfatiza a diretora do Programa Silvestres SC, Vanessa Kanaan.

A estátua em concreto de um bugio-ruivo agora é parte do parque Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri, no sul da Ilha, gerenciado pela Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através da Fundação Municipal do Meio Ambiente – Floram.

Com a presença de alunos da rede municipal de ensino, da Escola do Futuro da Tapera, a obra foi finalizada coletivamente, no momento da inauguração, com pintura e decoração do local com temática livre.

“A ideia é despertar nessa geração o respeito pelas espécies que dividem esse ambiente conosco e, neste caso, com foco em uma que acaba de retomar ao seu local de direito, onde depende, entre outras coisas, da consciência cidadã para se manter preservada”, comenta a educadora ambiental da Floram, Maria Aparecida Cabral de Sá.

O monumento, com cerca de 2 metros de altura, erigido pelo artista Juan Mandala, será um marco do retorno dos bugios-ruivos àquela região. “Depois de mais de 250 anos extintos no nosso território, três indivíduos já estão vivendo soltos nas matas da nossa unidade de conservação e outros quatro passam por processo de ambientação, até que possam retornar à natureza e viverem de forma independente. É um momento muito especial, que merece uma homenagem”, explica Mauro Manoel da Costa, diretor de Gestão e Proteção Ambiental da Floram.

A soltura dos bugios-ruivos no Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri faz parte de um trabalho conhecido como refaunação, quando espécies que haviam desaparecido de determinada região começam a ser trazidas de volta àqueles espaços, graças ao trabalho de pesquisadores. O primeiro grupo de indivíduos foi solto na região do Parque Estadual do Rio Vermelho, no leste, em janeiro. Na sequência, em abril, foi a vez do sul da Ilha.

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