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Para garantir mais qualidade de vida à população, ampliando a oferta de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos, além de gerar renda e estimular a economia local, a gestão do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), vem desenvolvendo desde o início de seu mandato o projeto Hortas Urbanas. Qualquer morador da cidade que tenha uma área disponível para o plantio pode participar, inscrevendo-se no programa e recebendo toda ajuda para desenvolver a produção própria de legumes e verduras.
“Esse projeto começou no nosso coração, no FAC, ganhou força junto à Sedesc, com a nossa equipe. As mudas são entregues como subsídio para que as hortas sejam plantadas. Começamos devagar e hoje já temos mais de 100 hortas implementadas impactando mais de 19 mil pessoas”, explica a presidente do Conselho Gestor do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC) e primeira-dama do município, Tatiana Trad.
Pode participar quem tiver uma área cercada entre 100 m² e 5 mil m², água e mão de obra disponível. Basta preencher um cadastro na Prefeitura. O cadastro é validado depois que o técnico responsável verifica a área e confirma se a terra tem aptidão para a produção. Dando positivo, é agendado o dia de o maquinário ir até o local e fazer a limpeza da terra e início do plantio. A Prefeitura acompanha todas as fases, dando todo o acompanhamento técnico, passando para a pessoa como ela deve fazer para depois caminhar com os próprios pés.
“Oferecemos o adubo necessário para o primeiro plantio, as mudas, todos os insumos… Se a pessoa não tem onde vender, procuramos fazer esta intermediação de pontos de vendas. Acompanhamos todas as fases vegetativas, todo o acompanhamento técnico, passando para a pessoa como ela deve fazer”, explica o engenheiro agrônomo do Hortas Urbanas, Gilson Silveira Arevalo.
Participantes do projeto, as primas Rosângela Maria dos Santos, 46 anos, Maria Aparecida de Jesus, 29 anos, e a filha dela, Ana Carla de Queiroz, 13 anos, tem uma horta no terreno da família no Bairro Paulo Coelho Machado. Rosângela conta que mora no local há mais de 24 anos e que a horta sempre foi um sonho do pai. “Meus pais sempre cuidaram daqui. Mas nunca tivemos uma horta como esta. Hoje eu vejo aqui um trabalho e um sonho do meu pai”, revela.
A horta alimenta mais de 20 pessoas da família e ainda gera renda. “Já vemos o retorno do trabalho. A gente vende, a gente doa se a pessoa não tem. Se tem menos que a gente. A alimentação da família melhorou bastante, porque agora temos salada fresca e saudável todos os dias. É só vir na horta e colher o alimento. Sempre tem salada na mesa”, diz Maria Aparecida.
O projeto que já é referência no país, diz Jair Galvão – técnico agrícola do programa –, vai implantar 200 hortas urbanas até o final deste ano. “As hortas são implantadass em instituições não governamentais, escolas, EMEIs, postos de saúde, presídios e clínicas de recuperação de dependentes químicos”, enumera.
Para que tudo funcione bem, a prefeitura oferece insumos, máquinas e equipamentos, acompanhamento técnico antes, durante e depois da implantação da horta. A gestão também viabilizou a comercialização dos produtos através do Saladão (feira itinerante), que atua em 5 diferentes regiões de Campo Grande. Outra conquista foi a aquisição de um caminhão que vai até os produtores buscar os hortifrutigranjeiros, conhecido como “Sedesc No Campo”.